Críticas

“O autor, com clareza e simplicidade, narra histórias visíveis e histórias secretas, num jogo em que o leitor, com sua chave, vai encontrar o sentido de acordo com a própria visão de mundo e experiências de vida”.

Angela Sampaio

“Bem poderíamos inverter os títulos dos livros de Nelson Rodrigues e Lino de Albergaria, uma vez que, com os olhos de hoje, a vida narrada pelo escritor pernambucano é uma vida pretérita, ao passo que a que nos descreve Lino é a presente. Inversão à parte, a literatura se impõe aqui como um remédio para minimizar as nossas perdas e danos.”

Acácia Rios

Lino de Albergaria lança simultaneamente dois romances sobre o labirinto amoroso (solitário, mas sem Minotauro). Semelhantes na intensidade psicológica, as duas narrativas também dialogam com o cânone literário, por meio de inúmeras epígrafes.

Em “Os 31 dias”, uma narradora misteriosa aproxima-se de “As mil e uma noites”, ao relembrar os próprios desencontros afetivos.

Do monólogo do romance anterior passamos ao diálogo de “Um bailarino holandês”, em que dois narradores se alternam, se investigam, intrigado um com o outro.

A presença da capital mineira também é forte nos dois romances. A cidade onde o autor nasceu e vive revela e oculta detalhes do labirinto de que Roland Barthes nos fala nos “Fragmentos de um discurso amoroso”.

Nelson de Oliveira